Presidente interino da Eletronuclear renuncia ao cargo
O presidente interino da Eletronuclear, Sinval Zaidan Gama, renunciou ao cargo que ocupava desde julho deste ano. A informação foi confirmada pela companhia.
Segundo a Eletronuclear, a renúncia ao cargo aconteceu na última segunda-feira (13/10). Gama deixou os cargos de presidente interino e diretor técnico da empresa, alegando “motivos de ordem pessoal”.
“O executivo informou que permanecerá no exercício de suas funções até que sejam designados os substitutos para ambas as posições, garantindo continuidade administrativa e operacional durante o período de transição”, informou a Eletronuclear, em nota. A companhia afirma ainda que “segue operando normalmente”.
Leia também
-
Dinheiro e Negócios
J&F compra parte da Eletronuclear por R$ 533 milhões
-
Economia
Ministro defende Angra 3, mas diz que Eletronuclear “não dá segurança”
-
Brasil
Eletronuclear: decisão de desistir de Angra 3 seria “catastrófica”
-
Dinheiro e Negócios
Âmbar Energia, da J&F, conclui compra de quatro usinas da Cemig em MG
A Eletronuclear é uma empresa estatal de economia mista responsável pela geração de energia elétrica a partir de usinas nucleares no Brasil, operando as usinas de Angra 1 e Angra 2 e gerenciando o projeto de Angra 3. A companhia gera cerca de 3% da energia elétrica consumida no país e seu complexo fica em Angra dos Reis (RJ).
Sinval Gama assumiu a presidência interina da Eletronuclear em julho, após a saída de Raul Lycurgo.
J&F compra parte da Eletronuclear
A renúncia de Gama ocorre na mesma semana em que o Grupo J&F anunciou a compra de todas as ações que a Eletrobras detinha na Eletronuclear por R$ 533 milhões, como informou o Metrópoles. O negócio, que ainda passará pelo crivo dos órgãos reguladores, foi anunciado na última quarta-feira (15/10).
Caso aprovada a transação, a Âmbar Energia, do Grupo J&F, passará a deter 68% do capital total e 35,3% do capital votante da empresa responsável pelas usinas Angra 1 e 2.
O governo federal detém 64,7% do capital votante e 32% do capital total e controla a Elenuclear por meio da estatal Empresa Brasileira de Participações em Energia Nuclear e Binacional (ENBPar). O Grupo J&F passará a ser sócio da União no empreendimento, já que a Constituição brasileira obriga o controle estatal de empresas nucleares.

