Pressionado pelo União, ministro do Turismo nega saída do governo
O ministro do Turismo, Celso Sabino, negou nesta sexta-feira (29/8) sua saída do governo. A permanência dele no partido deve ser discutida em reunião marcada para a próxima quarta-feira (3/9). Como antecipou a coluna de Igor Gadelha, do Metrópoles, o partido quer antecipar o desembarque do governo após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticar o dirigente da sigla, Antonio Rueda.
Em nota, a assessoria diz que o chefe do Turismo segue trabalhando normalmente. “O ministro do Turismo, Celso Sabino, segue trabalhando pelo turismo e desenvolvimento do Brasil, não sendo verídicos os rumores sobre a sua saída da Pasta. Nesta sexta-feira (29), cumpriu agenda em Belém (PA), onde comandou a instalação das primeiras placas de sinalização turística da cidade. A ação recebeu R$ 4,7 milhões do Ministério do Turismo”, diz.
A crise com de Sabino com o União se deu depois que o presidente Lula deixar claro, durante reunião ministerial realizada na última terça-feira (26/8), que não gosta do dirigente da sigla, Antonio Rueda, que tem feito duras críticas à gestão petista.
Segundo relatos, Lula disse não ter pretensão de ser amigo de Rueda, porque não gosta do cacique do União Brasil, nem o dirigente gosta do presidente da República.
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Após a fala de Lula, a bancada do União Brasil na Câmara divulgou uma nota em apoio a Rueda. “Reafirmamos que a independência do União Brasil é valor essencial para o fortalecimento da democracia brasileira. Como bem destacou o presidente Rueda, o convívio institucional não se mede por afinidades pessoais, mas pelo respeito às instituições e às responsabilidades de cada um”, diz o texto.
Sabino pretende permanecer no cargo até o início de abril de 2026, quando deixaria o posto para disputar uma vaga no Senado nas eleições de outubro, com apoio de Lula.
Além do Turismo, o União Brasil comanda outros dois ministérios: Comunicações e Integração Regional. Esta última pasta, porém, é considerada da cota pessoal do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP).
