Qual será a função de Boulos como ministro da Secretaria-Geral

Qual será a função de Boulos como ministro da Secretaria-Geral

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) oficializou, nessa segunda-feira (20/10), a mudança na chefia da Secretaria-Geral da Presidência da República. O até então ministro Márcio Macêdo (PT-SE) foi demitido e, no lugar dele, o chefe do Executivo escolheu o deputado federal Guilherme Boulos (PSol-SP) para assumir a pasta. A troca foi oficializada depois de meses de especulações em torno dos nomes.

A Secretaria-Geral é responsável pela articulação do governo com organizações da sociedade civil e movimentos sociais. A mudança ocorre no momento em que o presidente busca fortalecer a base eleitoral para a disputa de 2026.

Boulos, que tem grande experiência na militância, terá desafios como fortalecer a parceria do governo com os movimentos em âmbito nacional, onde a influência de Lula sofre queda, e ampliar a interlocução com movimentos jovens e as pautas dessa geração.

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Como mostrou o Metrópoles, na coluna Paulo Cappelli, estes foram os pedidos de Lula ao novo ministro. A reunião durou cerca de duas horas.

Segundo auxiliares do governo, embora mudanças nas redes sociais já tenham sido implementadas, ainda há pontos que devem ser trabalhados para reforçar a aproximação com a juventude no meio digital.

9 imagensO deputado federal Guilherme BoulosLideranças do PT veem Boulos menor após derrota em São PauloGuilherme Boulos em discurso após ser derrotado por Ricardo Nunes em SPGuilherme BoulosFechar modal.1 de 9

Guilherme Boulos, deputado pelo PSOL de São Paulo

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O deputado federal Guilherme Boulos

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Lideranças do PT veem Boulos menor após derrota em São Paulo

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Guilherme Boulos em discurso após ser derrotado por Ricardo Nunes em SP

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Guilherme Boulos

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Guilherme Boulos

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Guilherme Boulos

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Boulos é apontado para assumir a SGPR

Hugo Barreto/Metrópoles

Boulos no governo

  • Então deputado federal, Guilherme Boulos vai comandar a pasta encarregada da articulação com os movimentos sociais.
  • Para integrar a equipe do governo, o parlamentar do PSol aceitou desistir da candidatura nas eleições do próximo ano. Caso optasse por concorrer, precisaria deixar o cargo até abril.
  • Lula promove a mudança com foco na corrida pela reeleição. Boulos teve papel de destaque na organização dos protestos contra a PEC da Blindagem e o PL da Anistia.
  • O futuro de Márcio Macêdo será focar na candidatura a deputado federal em 2026.

Figura expoente da esquerda, Boulos é psicanalista e professor e ficou conhecido por liderar o Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST).

Em 2018, concorreu à Presidência da República pela primeira vez. Na época, recebeu 617 mil votos e terminou em 10º lugar entre 13 candidatos.

Na eleição municipal de 2020, foi candidato do PSol à Prefeitura de São Paulo, mas acabou derrotado no segundo turno pela chapa formada por Bruno Covas (PSDB) e Ricardo Nunes (MDB).

Nas eleições seguintes, em 2020, desistiu de concorrer ao governo paulista para apoiar a candidatura de Fernando Haddad (PT). Foi eleito como deputado federal com mais de 1 milhão de votos, sendo o mais votado no estado.

No ano passado, na última tentativa de angariar um cargo no Executivo municipal até o momento, Boulos chegou ao segundo turno contra Ricardo Nunes, mas perdeu a disputa.

O agora ministro, que deve ter a nomeação oficializada no Diário Oficial desta terça-feira (20/10), deve usar a experiência e força mobilizadora para pavimentar o caminho da reeleição do presidente Lula no próximo ano.

Quem assume o lugar de Boulos?

Como mostrou o Metrópoles, a vaga de Boulos na Câmara dos Deputados poderia ficar com o cientista Ricardo Galvão, atual presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

Em 2022, ele foi eleito suplente pela coligação PSol/Rede, o que lhe dá direito à vaga. No entanto, não é certo que Galvão faça a mudança. Procurado pelo Metrópoles, ele não respondeu se pretende deixar a presidência do CNPq para assumir a vaga de Boulos.

O cientista é reconhecido internacionalmente, como em 2019, quando foi escolhido pela revista Nature como uma das personalidades da ciência mundial.

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