Quem é Gabriela Loran, atriz que sofreu preconceito por ser trans
Aos 33 anos, Gabriela Loran vem conquistando espaço na televisão brasileira e celebrou seu primeiro papel em uma novela das 21h da TV Globo. Em Três Graças, de Aguinaldo Silva, ela interpreta Viviane, uma enfermeira trans, negra e periférica, personagem central que reflete questões de representatividade e diversidade da trama.
Em entrevista à colunista do Metrópoles, Fábia Oliveira, Gabriela falou sobre sua trajetória, os desafios enfrentados e a importância de mostrar personagens que representem a vida real.
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Além de Três Graças, Gabriela participou de Malhação: Vidas Brasileiras (2018), Renascer (2024) e foi protagonista do filme português O Último Animal, que lhe rendeu o prêmio de Melhor Atriz no Festival de Petrópolis e indicação no Los Angeles Brazilian Film Festival.
Gabriela vê em Três Graças, que estreou recentemente, um grande marco em sua carreira. “Está sendo muito frutífera, porque é uma novela das 21h, do início ao fim, e marcando a volta do Aguinaldo Silva pra Globo, que é esse grande autor, então tá sendo uma responsabilidade muito grande e eu tô amando fazer”, contou.
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A atriz Gabriela Loran
Reprodução/Instagram
Gabriela Loran
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Ela compartilha dicas e mostra looks montados para eventos e para o dia a dia
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Gabriela Loran posa, sorridente para um ensaio fotográfico
Divulgação
Gabriela Loran se emociona com primeiro xixi após redesignação
Webert Belicio/ Agnews
Mas Gabriela não se limita ao trabalho artístico: ela também é uma voz ativa por mais espaço para artistas trans na televisão. “A gente teve representatividades na penúltima novela das 21h [Renascer] e, agora, tendo essa personagem, que também é central na trama, e carregando tudo que ela carrega, que são mulheres LGBT, mulheres negras, da periferia, mulheres da vida real, estamos conseguindo abrir portas, mas não podemos nos acomodar não, temos que continuar querendo mais”, afirmou.
Apesar de todo o reconhecimento atual, Gabriela Loran não esconde que já sofreu preconceito durante sua trajetória. Questionada sobre ataques ao tentar mostrar sua arte, disse: “Sem dúvida. Eu queria que olhassem um pouco mais para mim como pessoa, como ser humano. Acho que a gente pode ter um olhar mais humano, para que a gente possa mostrar representatividade com respeito”.

