Quem era Lô Borges, ícone da MPB que morreu aos 73 anos
O cantor e compositor Lô Borges, um dos nomes mais influentes da MPB e cofundador do Clube da Esquina, morreu nesse domingo (2/11), aos 73 anos. O artista estava internado desde 17 de outubro, após sofrer uma intoxicação por medicamentos em casa.
Nascido Salomão Borges Filho, em 1952, em Belo Horizonte, ele começou a tocar violão ainda jovem, fascinado pelas melodias dos Beatles. Foi justamente a paixão pelas canções que o aproximou de Milton Nascimento, com quem formaria uma das parcerias mais emblemáticas da MPB.
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Juntos, criaram o Clube da Esquina, movimento que reuniu músicos mineiros como Beto Guedes, Márcio Borges e Fernando Brant, e que marcou os anos 1970 com um som moderno, universal e profundamente brasileiro.
Com apenas 20 anos, Lô já assinava canções que se tornariam imortais — Trem Azul, Um Girassol da Cor do Seu Cabelo, Para Lennon e McCartney e O Trem de Doido, entre tantas outras. Seu talento para criar melodias singelas e harmonias complexas o colocou entre os maiores compositores do país.
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Internado na UTI, Lô Borges precisava de ventilação mecânica
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Lô Borges
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Lô Borges é clicado durante uma de suas apresentações
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Cantor e compositor Lô Borges
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Lô Borges posa tocando teclado
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O disco Clube da Esquina (1972), gravado ao lado de Milton, é considerado um divisor de águas. Cinquenta anos depois, segue influenciando músicos de todas as gerações.
Logo depois, Lô lançou seu primeiro trabalho solo, o mítico Disco do Tênis, reconhecido como uma das obras-primas da MPB. Em seguida, vieram álbuns como Via Láctea e Tonal, sempre com a mesma marca: canções introspectivas, cheias de lirismo e musicalidade sofisticada.
Reservado, Lô Borges nunca se casou e não teve filhos. Preferiu viver cercado de violões, partituras e amigos da música. Mesmo longe das grandes mídias, manteve uma base fiel de admiradores e continuou se apresentando em shows e festivais até recentemente.

