Rússia condena EUA por bombardear navios no Caribe e defende Venezuela
A Rússia condenou “uso excessivo da força” dos Estados Unidos para atacar embarcações em águas internacionais do Caribe, próximo às costas da Venezuela. Nesta segunda-feira (3/11), a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores russo, Maria Zakharova, reprovou a ação dos EUA de bombardear navios em Alto-Mar sob a justificativa de combater o narcotráfico.
“Condenamos veementemente o uso excessivo da força em operações antidrogas. Tais ações violam o direito internacional”, afirmou Zakharova, em um comunicado.
A Rússia expressa “séria preocupação” diante das escaladas das tensões entre EUA e Venezuela. Desde agosto, os EUA empreendem ofensivas, com o suporte de caças F-35, lançando mísseis e bombardeios em embarcações que navegam próximo à costa da Venezuela, no Caribe, e, em ataques mais recentes, no Oceano Pacífico.
Leia também
-
Mundo
Rússia acompanha Venezuela em meio a tensão com EUA, diz porta-voz
-
Mundo
Venezuela e Rússia assinam acordo para driblar sanções dos EUA e da UE
-
Mundo
Rússia condena ataques dos EUA e reafirma apoio à Venezuela
-
Mundo
Rússia sai em defesa da Venezuela diante de ameaças dos EUA
Trump ordenou o envio de navios de guerra após classificar Maduro como chefe do cartel de Los Soles.
O comunicado russo ocorre após a Organização das Nações Unidas (ONU) também condenar o aumento dos ataques próximos à Venezuela e instar o governo norte-americano que respeite o direito internacional, e não o viole, atacando e matando pessoas que “não apresentam ameaça” em embarcações.
A Rússia também argumentou que as ações norte-americanas poderiam gerar problemas graves para estabilidade regional, e saiu em defesa da soberania da Venezuela.
“Apoiamos a liderança da Venezuela na proteção de sua soberania nacional, levando em consideração a dinâmica da situação internacional. Continuaremos trabalhando ‘ombro a ombro’”, afirmou a porta-voz da chancelaria russa.
O apoio da Rússia à Venezuela se reflete nas negociações e na aliança estratégica entre os países, que, atualmente, são alvos de sanções significativas e intensificam relações bilaterias, para driblar sanções dos EUA e da União Europeia.

