Trump anuncia libertação de refém do Hezbollah e cobra o Hamas

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta terça-feira (9/9) a libertação de Elizabeth Tsurkov, estudante de Princeton mantida em cativeiro pelo grupo Kata’ib Hezbollah, no Iraque. Segundo ele, a jovem, cuja irmã é cidadã norte-americana, já está em segurança na Embaixada dos EUA em Bagdá.
“Tenho o prazer de informar que Elizabeth Tsurkov acaba de ser libertada pelo Kata’ib Hezbollah e agora está em segurança na Embaixada Americana no Iraque, após ser torturada por muitos meses. Sempre lutarei por JUSTIÇA e nunca desistirei. Hamas, libertem os reféns, JÁ!”, escreveu Trump na Truth Social.
Tsurkov foi liberta após permanecer em cativeiro desde março de 2023, quando foi sequestrada no Iraque. A acadêmica viajou ao país para realizar pesquisas sobre movimentos políticos e sociais da região, mas acabou capturada por uma milícia pró-Irã em Bagdá.
Trump cita o Hamas
A manifestação do republicano ocorre poucas horas depois do ataque israelense à sede do escritório político do Hamas em Doha, no Catar. O bombardeio foi classificado como uma ação “precisa” contra lideranças da organização.
Fontes do Hamas disseram ao jornal Al Jazeera que dirigentes estavam reunidos em Doha para discutir a proposta de cessar-fogo apresentada pelo próprio Trump quando foram surpreendidos pelo ataque. O grupo informou que suas lideranças sobreviveram, incluindo Khalil al-Hayya, figura central nas negociações de trégua.
Pressão por reféns e paz
O presidente norte-americano reiterou que está empenhado em garantir a libertação dos prisioneiros mantidos pelo Hamas. “Quero que TODOS os reféns e os corpos dos mortos sejam libertados e que esta guerra ACABE, AGORA!”, escreveu, destacando que conversou com Netanyahu e com a liderança do Catar para reforçar a busca por uma trégua.
No último domingo (7/9), Trump já havia feito um ultimato ao Hamas nas redes sociais: “Os israelenses aceitaram meus termos. É hora de o Hamas aceitar também. Este é meu último aviso, não haverá outro!”, publicou.
Casa Branca se distancia
A Casa Branca negou participação dos EUA na ofensiva israelense. Em coletiva, a porta-voz Karoline Leavitt afirmou que o bombardeio “não atende aos interesses de Israel nem dos Estados Unidos”.
“Bombardear unilateralmente dentro do Catar, uma nação soberana e aliada, não promove os objetivos de Israel ou dos Estados Unidos. No entanto, eliminar o Hamas é um objetivo nobre”, declarou.
Trump também registrou nas redes que não autorizou a escolha do alvo em Doha: “Esta foi uma decisão tomada pelo Primeiro-Ministro Netanyahu, não por mim. Vejo o Catar como um forte aliado e amigo dos EUA e me sinto muito mal com o local do ataque.”