Trump tira “soneca” em reunião com farmacêuticas, diz jornal
O jornal americano The Whashington Post e dezenas de publicações na internet mostram um vídeo oficial da Casa Branca no qual o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tem dificuldades em manter seus olhos abertos.
Durante reunião com farmacêuticas, na última quinta-feira (6/11), na qual Trump costurou um acordo para reduzir preços de canetas emagrecedoras, o presidente dos Estados Unidos aparece sonolento em diversas imagens do salão oval.
President Donald Trump seemed to struggle to keep his eyes open during a roughly 20-minute stretch at an Oval Office event on drug-price cuts.
Sitting behind the Resolute Desk, Trump’s eyes repeatedly closed while his deputies took turns giving remarks. pic.twitter.com/040BaDoleM
— The Washington Post (@washingtonpost) November 8, 2025
Em uma análise sobre a reunião, o Whashington Post apresenta cenas de Trump com os olhos fechados em alguns momentos. Em outros, Trump esfrega os olhos tentando abri-los. A reportagem diz ter contabilizado 20 minutos de luta contra o sono.
A Casa Branca, porém, negou que Trump tenha tirado uma soneca. “O presidente não estava dormindo; na verdade, ele falou durante todo o anúncio e respondeu a muitas perguntas da imprensa”, disse a porta-voz Taylor Rogers em comunicado.
Na mesma reunião, um homem passou mal e caiu no Salão Oval, atrás de Trump. O nome dele não foi divulgado, mas a informação é de que fazia parte da equipe de uma das empresas farmacêuticas.
Ele foi socorrido por uma equipe médica da Casa Branca. Veja um dos vídeos que circulou no X:
Here’s the moment a pharmaceutical executive collapsed in the Oval Office minutes ago.
Reporters in the room identified him as Novo Nordisk executive Gordon Findlay, but the White House has not released a name. pic.twitter.com/sXGwOI7asC
— Anders Hagstrom (@Hagstrom_Anders) November 6, 2025
Acordo
O governo dos EUA anunciou, nesta quinta-feira (6/11) um acordo com as farmacêuticas Eli Lilly e Novo Nordisk para reduzir significativamente os preços de medicamentos usados no tratamento da obesidade, como o Zepbound e o Wegovy. O impacto da medida fora dos Estados Unidos, incluindo no Brasil, ainda não está claro.
Os remédios, que pertencem à nova geração de tratamentos conhecidos como agonistas do receptor GLP-1, se tornaram extremamente populares por auxiliarem na perda de peso e no controle de doenças metabólicas.
No entanto, o custo elevado — cerca de US$ 500 (R$ 2,6 mil) por mês — limita o acesso de pacientes, especialmente aqueles sem cobertura de planos de saúde.
Reduções drásticas nos preços
De acordo com comunicado da Casa Branca, o acordo faz parte da política “Avançando a Preços de Nação Mais Favorecida (NMF)”, que busca alinhar os custos de medicamentos nos EUA aos praticados em outros países ricos.
A iniciativa prevê reduções drásticas nos preços de fármacos produzidos pelas duas empresas e a ampliação da cobertura pública para pacientes com obesidade.
Segundo o governo, os preços do Ozempic e do Wegovy, hoje de até US$ 1.350 por mês, cairão para US$ 350 quando adquiridos por meio do novo programa federal TrumpRx. O Zepbound e o Orforglipron também terão reduções semelhantes, chegando a US$ 346 mensais. Caso aprovadas pela FDA, as versões em comprimido custarão US$ 150 por mês.
O Medicare, programa de saúde voltado a idosos, cobrirá medicamentos para obesidade e doenças relacionadas, como diabetes tipo 2 e doenças cardíacas, com coparticipação de US$ 50 mensais para beneficiários.
Programas estaduais do Medicaid também terão acesso a esses preços reduzidos.
“O acordo representa uma redução histórica nos preços para os americanos dos dois medicamentos com os maiores gastos anuais nos Estados Unidos, ambos utilizados para auxiliar adultos que lutam contra diabetes, doenças cardíacas (apenas Ozempic e Wegovy), obesidade e outras condições”, diz o comunicado da Casa Branca.
Além dos tratamentos para perda de peso, o plano prevê descontos em outros medicamentos da Eli Lilly e da Novo Nordisk, incluindo o Emgality (para enxaquecas), o Trulicity (para diabetes) e produtos de insulina como NovoLog e Tresiba, que passarão a custar US$ 35 por mês.
As farmacêuticas também anunciaram novos investimentos bilionários em território americano: US$ 27 bilhões pela Eli Lilly e US$ 10 bilhões pela Novo Nordisk, com foco na ampliação da capacidade de produção e na fabricação doméstica das versões em comprimido do Wegovy.

